3 - Que contenha números no título
Eu preciso dizer uma coisa: AMO chick-lits. AMO. Esses livrinhos rápidos de ler, com uma historinha meio previsível e personagens que são clichês ambulantes me deixam encantada pelas horas que eu gasto lendo mesmo que eu esqueça uns dois dias depois ou confunda todos os personagens, todas as histórias com todos os livrinhos do mesmo estilo que eu já li.
Então quando eu vi "Esposa 22" e li a sinopse eu topei, claro, por quê não?
E devo dizer que...
...ADOREI O LIVRO.
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Esposa 22 (Wife 22) - Melanie Gideon
tradução: Adalgisa Campos da Silva
"Alice e William Buckle se casaram apaixonados. Mas, dois filhos e quase vinte anos depois, Alice está entediada. Por isso, quando recebe um convite por e-mail para participar de uma pesquisa on-line sobre casamentos, ela aceita num impulso. Respondendo às perguntas enviadas por um pesquisador anônimo e carismático (Pesquisador 101), Alice (Esposa 22) tem a oportunidade de reexaminar a história do próprio relacionamento."
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No geral: ★★★★☆
(Então... É uma resenha... Eu PRECISO avisar que vai ter spoiler? E, em caso de precisar, dizer que É UMA RESENHA já vale como alerta de spoiler? Grandes questões.)
Então quando eu vi "Esposa 22" e li a sinopse eu topei, claro, por quê não?
E devo dizer que...
...ADOREI O LIVRO.
A Alice me lembra muito minha mãe e as amigas maravilhosas dela com quem convivo, deve ser por isso. Ou vai ver é mais do que isso, vai ver é porque o livro me surpreendeu em vários aspectos.
Em 2014 eu li "@MOR" e "Emmi e Léo", do Daniel Glattauer, que contam a história de um romance que começou depois de uma troca de emails, então eu já estava meio que esperando alguma coisa parecida... Mas não! É igual, mas diferente: Enquanto nos livros do Daniel o relacionamento se desdobra e a gente descobre coisas da Emmi e do Léo, esse livro é totalmente baseado na Alice, o Pesquisador 101 dá zero pistas (será?) e a gente tem que montar o quebra cabeça com as dicas que a Alice nos dá.
E a Alice, caras? O que dizer da Alice?
A Alice poderia ser qualquer quarentona que não desgruda do Facebook que eu conheço: Vive compartilhando posts de "Bom dia" e postando frases curtinhas que indicam que alguma coisa tá rolando, mas a gente tem que se esforçar pra descobrir o quê, controla o tempo que os filhos usam a internet/videogame/veem TV, mas ficam permanentemente alertas aos grupos do zap zap e aos alertas de notificação do Feice... A Alice me lembra muitas mulheres que conheço - incluindo mamãe... Por isso eu AMEI a Alice.
Aliás... Todas as personagens do livro são ótimas: O Peter (ou Frost, ou Pedro), filho de 12 anos da protagonista que ela J-U-R-A que é gay, a Zoe, filha adolescente vegana, engajada, a dois passos de fazer curso de Humanas, a melhor amiga numa união estável com a parceira e que decidiu se casar, o pai da Alice que descobriu as maravilhas da pílula azul está namorando e recomeçando a vida, a Bunny, ex-"chefe" de Alice e amiga do passado e Caroline, filha de Bunny que vai passar um tempo na casa de Alice pra tentar se estabelecer em outra cidade, o William (o marido) que me fez lembrar c e r t o s p a i s que eu tenho e o Pesquisador 101... De quem eu não vou falar nada. Leiam o livro.
Olha... Eu tô tentando me manter livre dos spoilers porque acho que você deveria ler esse livro, mas vou dizer só mais três coisinhas:
E chega: Leiam o livro. Mesmo. É diversão garantida pra uma tarde.
CURTI:
- Caroline, minha gente... Caroline não seguiu pelo caminho óbvio. Lendo o livro eu esperava uma coisa e outra diferente aconteceu. Palmas pra autora, que não caiu no maior clichê de desenvolvimento para 9inhas em chick lits protagonizados por quarentonas;
- A Alice é viciada no Facebook e não faz a menor ideia de como o twitter funciona. Que todos os pais do mundo continuem assim!
NÃO CURTI:
1. Esse povo é totalmente irresponsável com as pessoas que conhecem nas redes sociais! Todos deveriam assistir uns episódios de Catfish pra cair na real.
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