She keeps some memories locked away but they are always escaping (Neglect won't make them fade away)

Eu sei que faz um tempão que não venho aqui pra escrever coisas decentes e - SINTO INFORMAR QUE - ainda não vai ser dessa vez porque, nesse post, estou aqui para:

1. Contar uma sequência de fatos que aconteceram e me deixaram bem LOUCA;
2. Reclamar um pouco;
3. Postar uma foto do Balotelli.

Posso começar? Pega a pipoca, pega o lencinho e vai preparando os músculos da barriga pra aguentar a risada caso você faça o tipo sádico.

Essa parte da história chama "A ARTE DE SEGUIR PADRÕES"

Tudo começou no ensino médio quando eu conheci um cara que era as fuça do Kimi Raikkonen e decidi que eu teria que ser pelo menos amiga desse cara, já que PLMDDS ELE ERA AS FUÇA DO KIMI RAIKKONEN, QUÊ ISSO, PRECISA DE MAIS MOTIVO? 
Ali, naquele momento, eu percebi que eu posso ser uma pessoa absurdamente futil motivada pela aparência no que diz respeito a estabelecer relações e, daí pra frente, foi um pulo até namorar com um cara que até hoje é uma versão morena e menos sorridente do Mathieu Kassovitz e gastar um tempo suspirando pela versão acabada do Bradley Cooper
Posso ainda botar nessa lista a versão miniatura do Humberto Carrão, o Balotelli de Cabo Verde, o Adrian Grenier da faculdade, porque com todos esses (e outros vários que eu não quero colocar pra não alongar) eu estava apenas continuando os padrões que eu tinha identificado: 


A VERSÃO FAMOSA É BONITA, PORÉM INACESSÍVEL, MAS TEM GENTE PRA CARAMBA NO MUNDO DEVE EXISTIR UMA VERSÃO FALSETA COM A QUAL EU POSSA ME RELACIONAR

NÃO
VAMOS
PERDER
A


Com isso eu quero dizer que mais da metade dos caras com quem saí me lembravam alguma outra pessoa (famosa ou não) que eu achava bonita. Padrões. Tipos. Esse tipo de coisa que a gente não faz racionalmente em 99,9% dos casos.
Enfim...

Além disso...
Meu pai é engenheiro.
Meu primeiro namorado, o cara que eu mais amei na vida so far (e eu arrisco até dizer que foi o único, mas UM TRAUMA POR VEZ), é engenheiro.
Meu melhor amigo, o cara que quero ter na vida pra sempre porque é a pessoa mais maravilhosa que conheço, é engenheiro.
O primeiro cara com quem saí depois que meu primeiro namoro acabou é... Engenheiro.
Depois eu tive uma sequência de uns quatro jornalistas. PÁ PÁ PÁ PÁ PEJOTINHA ATRÁS DE PEJOTINHA.
Mas já falei disso também, né? Não vamos nos alongar.
Todo cara que deixou uma marca na minha vida é/foi engenheiro ou jornalista. Não há como escapar.


Aí foi tudo na parte PRÁTICA da coisa. Versão simplificada: Eu tô sempre nesse tal de ETERNO RETORNO, um pouco por culpa minha, um pouco porque... A vida é foda, cara, e eu ainda não comecei a eliminar as pessoas da vida porque elas trabalham com uma determinada coisa e um pouco porque... EU ESCOLHO ME FODER, NÉ? (Vamos falar a verdade)

Mas a parte que eu escolho me dar mal vocês deixem pra minha terapeuta analisar. Vamos focar na parte que A VIDA É ESSA COISA LOUCA QUE VAI ME FAZENDO REPETIR PADRÕES.



Essa parte da história chama "ESTUDO DE CASO DE UM DESASTRE AMBULANTE" ou "BEATRIZ, TOMA VERGONHA NA CARA E PARA DE SE COMPORTAR FEITO TROUXA".


Tem um moço em uma das minhas aulas que é a minha razão pra acordar cedo o suficiente pra estar as 7h50 na USP todas as quartas pela manhã.
O moço é lindo e está fazendo uma aula que NÃO É PARA ENGENHEIROS, NEM PARA JORNALISTAS. É só pra professores (tipo euzinha), então só por isso já ganhou milhão de pontos no meu JOGO DA NEUROSE™ (um dia eu explico, por enquanto só aceita).
Enfim... Gente, eu não tenho PALAVRAS pra descrever o quanto o moço é lindo: Ele é lindo até usando aquelas calças largadas horríveis que deixam metade da cueca aparecendo. É lindo até de barba (não curto, gente, dsclp). É lindo a ponto de me fazer ficar ainda mais desastrada perto dele.
Vamos chamar o moço de BONITINHO DA BARBA FALHA (ou BBF).
Enfim...

Quando BBF está na mesma sala que eu duas coisas acontecem: 

1. Eu me sinto estimulada a participar e debater na aula, já que (a aula é maravilhosa e) ele sempre tem ideias que vão ao econtro das minhas e... Bem... DEIXA EU ME EXIBIR, TÁ? NUNCA FAÇO ISSO;

2. Eu fico MUITO, mas MUITO desastrada. Ainda mais que o normal.
Apenas um exemplo: Eu saí da aula pra tomar água e, quando estava voltando, vi que BBF tinha saído pra fazer alguma coisa e estava vindo pelo outro lado ao mesmo tempo que eu. Fui parar pra ele entrar primeiro e dei um tropeção no quadro de avisos do corredor. Disfarcei fazendo a egipicia e entrando na sala sem nem olhar pros lados (então não sei o que ele fez). Quer outro exemplo? Eu tava conversando com minha amiga, carregando a minha pasta e, ao mesmo tempo, tentando ligar pra casa. Ouvi a voz do moço e vi que ele estava perto de mim e, numa tentativa de parecer casual, acabei derrubando pasta, caderno, celular e minha auto-estima. 

Enfim... Eu viro uma arma perigosa quando esse moço está por perto. Sou praticamente a personificação do meme AJA NATURALMENTE.

Agora, uma coisa que vocês não sabem é que, até quarta passada, eu não sabia NEM O NOME desse moço. Eu sabia TUDO: Que ele é da matemática, que joga joguinhos de luta, que estudou numa ETEC, que é programador, que curte videogame, etc etc etc. TUDO o que captei nos papos das aulas, exceto o nome (que ninguém nunca falou).
Aí apelei pra outra única pessoa da matemática da USP com quem tenho contato: O Monge (eu já contei essa história aqui? migos, ela é Ó-TI-MA. Garanto. É todo um outro nível de azar no amor).

Apelei no nível "PLMDDS VÊ NO GRUPO DA LICENCIATURA DA MATEMÁTICA SE TEM ALGUÉM FALANDO DESSA PROFESSORA QUE SE PAREÇA COM *dei a descrição* E ME FALA PORQUE POSSIVELMENTE ESSE CARA É O AMOR DA MINHA VIDA" (nesse nível de maturidade) e a resposta foi "Não tinha ninguém com essa descrição. MALZAÊ".


Bom... Eu só tinha UM JEITO de descobrir o nome do moço agora que todas as opções de stalk tinham acabado: Puxar papo.
"Mas COMO, se você é um desastre ambulante perto dele, Beatriz?"
Pois então. 
A gente teve prova e terminamos quase ao mesmo tempo. Fiquei esperando minha amiga, ele ficou esperando o amigo dele... E eu tava indo TODA FELIZ PUXAR PAPO quando, DE REPENTE, meu celular tocou com uma chamada de uma pessoa que, pelo horário, só podia ser pra dar noticia merda. Foquei no mais urgente, atendi o telefone e, quando voltei, ELE TINHA IDO EMBORA.
#PERDI


Na aula seguinte nós tivemos a devolutiva da avaliação e eu FINALMENTE descobri o nome do puto, já que ele levantou pra pegar a prova quando a professora chamou.
Te juro que O SOL ATÉ SAIU quando eu finalmente descobri o nome do moço e PASSARINHOS ATÉ COMEÇARAM A CANTAR quando eu joguei o nome no facebook e achei o perfil com um amigo em comum: O MONGE.

Mas essa alegria durou até o wi-fi carregar a página toda e eu ver que tinha "em um relacionamento sério com *fulana*" como primeira atualização.
Gente, quase deu pra ouvir aquele "FUON FON FON FON" frustrante.
Sério. Que final merda pra uma história que tinha sido TODA BOA (meus critérios são diferentes, tá? não julgue) até então.


Essa parte da História chama "A PRIMEIRA VEZ COMO TRAGÉDIA, A SEGUNDA COMO COMÉDIA"


Daí que eu fui avisar pro Monge que eu não apenas tinha descoberto o nome do moço, como também tinha visto que eles eram amigos de rolês extra-USP e rolou aquele momento esquisito do "falar com um ex sobre o amigo dele que você elogiou até o limite sem saber que era amigo dele" e, entre mortos e feridos, salvaram-se quase todas as dignidades. A minha, infelizmente, foi pro saco.


Vida que segue, quinta-feira eu estava com gente da faculdade quando um dos meus bixos (que eu acho uma graça, mas é comprometido) veio falar comigo.

"Ow, você e *cara babaca com quem sai* se conhecem de onde? Vi uma foto de vocês dois juntos no facebook dele"
"AH, É? A gente saiu por um tempo, lááááá em 2013"
"Sério? WOW. Ele foi meu plantonista no cursinho hahaha... Ele falava da namorada, mas eu não sabia que era você"

Por dentro eu estava "HA... HA... HA... HAHAHAHAHAHAHA"
Mas fui toda:

"Ah... Legal"
"Posso te falar? Foi maior climão porque falei de você pra ele, aí depois te adicionei no facebook e descobri que vocês eram amigos"
"É? Por quê?"
"Ah, ó... Já passou, tá? Não vai me achar errado, ok? Mas, quando eu entrei aqui eu te achei a pessoa mais legal e mais bonita do curso, tive uma quedinha por você... Mas nunca tive coragem de falar com você, mas falei um montão de você pra ele e tal"
"......................................."
"Mas agora tô namorando, não se preocupa. Nada a ver, agora você é minha amiga"
"............................................................................."






Essa parte da história se chama "NÃO QUERO PENSAR NISSO"
E, para ela, posso usar apenas uma imagem:



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