DL2015 #5 (ESPECIAL PARA TIRAR O ATRASO)

21 - Livro de um autor que você ame, mas que você ainda não tenha lido
(Vou botar mais de um, tá? Não é porque eu não escrevi que eu não tava lendo. O post vai ficar GIGANTE. Malzaê, moçada que só lê tweet porque é curtinho.)


21.1. O Chamado do Cuco - Robert Galbraith
21.2.  O Bicho de Seda - Robert Galbraith
21.3. Quase uma RockStar - Matthew Quick
21.4. Antes de partir desta pra uma melhor - Jonathan Tropper

(Então... É uma resenha... Eu PRECISO avisar que vai ter spoiler? E, em caso de precisar, dizer que É UMA RESENHA já vale como alerta de spoiler? Grandes questões.)




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O Chamado do Cuco & O Bicho de Seda


No geral: ★ 

Sob o pseudônimo Robert Galbraith, J.K. Rowling mergulha no universo das tramas policiais e apresenta um personagem que tem tudo para atrair os fãs do gênero: o detetive particular Cormoran Strike. No livro, o primeiro de uma série, Strike investiga a morte da modelo Lula Landry, conhecida entre os amigos como Cuco. Enquanto a polícia considera o caso como suicídio, o irmão da jovem insiste em que ela não teria motivos para tirar a própria vida.
Bonita e rica, Lula Landry tinha uma bem-sucedida carreira no mundo da moda quando despencou da sacada do apartamento onde morava em Mayfair, em Londres. Após uma breve investigação, a polícia concluiu que se tratava de suicídio, já que não havia mais ninguém no imóvel e o histórico médico da jovem incluía dependência de drogas na adolescência e um diagnóstico de transtorno bipolar.
Inconformado, John Bristow, irmão mais velho de Lula, toma a iniciativa de investigar o caso por conta própria. Para isso, recorre ao detetive particular Cormoran Strike, que havia sido amigo de infância de seu irmão Charlie, morto aos 9 anos em um acidente. O cliente vem em boa hora para o veterano de guerra Strike, que enfrenta problemas na vida pessoal e profissional: afundado em dívidas e sem saber como irá se sustentar, ele é forçado a morar no escritório depois do rompimento com a noiva Charlotte.
Pouco antes da chegada de Bristow, outra pessoa surge na vida de Strike. Trata-se de Robin Ellacott, uma jovem indicada por uma agência de serviços temporários para trabalhar como secretária. Esperta e curiosa, Robin vai aos poucos quebrando a resistência do novo chefe e se envolvendo na investigação, encontrando peças importantes que ajudam a montar o quebra-cabeça que representa a morte de Lula Landry.
Envolvido em uma teia que mistura poder, traição, inveja e segredos sombrios, Strike coloca a vida em risco na busca pela verdade. Com um desfecho surpreendente, O chamado do Cuco mostra mais uma vez o talento de J.K. Rowling para criar personagens apaixonantes e tramas que prendem os leitores, deixando no ar a ansiedade pela próxima história.

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Em O bicho-da-seda, Strike investiga o desaparecimento do escritor Owen Quine, conhecido por seu temperamento difícil. Em uma trama envolvente, a autora reúne elementos que agradam aos fãs de histórias policiais: assassinato, loucura, vingança e uma boa dose de ação.
Quando Leonora, mulher de Owen, bate à porta do escritório de Strike pedindo ajuda para encontrar o marido desaparecido, o detetive decide aceitar o serviço, mesmo desconfiando de que seria difícil receber seus honorários. O que parecia um caso simples de desaparecimento proposital se revela um assassinato com requintes de crueldade: o corpo do escritor é encontrado em circunstâncias chocantes, reproduzindo a cena final de seu último livro, Bombyx Mori, ainda inédito e considerado impublicável pelos editores.
A investigação de Strike se concentra nas pessoas que teriam acesso ao manuscrito. Além de Leonora, estão na lista a amante de Owen, Kathryn Kent; a agente dele, Elizabeth Tassel; o editor, Jerry Waldegrave; o dono da editora que publica as obras de Quine, Daniel Chard; a aluna do escritor em um curso de redação, Pippa Midgley; e o autor Michael Fancourt, que foi muito amigo de Owen mas cortou relações com ele depois de uma briga. Todos com um motivo em comum para odiar Quine: mesmo com os nomes trocados, podem ser reconhecidos nas descrições humilhantes dos personagens do universo grotesco de Bombyx Mori.
Enquanto a polícia está quase certa de que Leonora é a culpada pela morte de Quine, os instintos de Strike dizem o contrário. Teria o detetive perdido a capacidade de analisar os fatos friamente e se deixado levar pela piedade despertada por uma viúva que cuida da filha com problemas mentais? A história de Bombyx Mori não passa de uma vingança do autor contra todos que o atormentavam ou esconde a chave para solucionar o crime? Siga as pistas deixadas por Robert Galbraith e saboreie as surpresas que levam ao fim do mistério.


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Gente, por favor: Vamos todos amar a J.K porque a mulher merece. Eu já tinha lido "Morte Súbita" porque prometi que, depois de Harry Potter, eu leria qualquer coisa que ela escrevesse, nem que fosse pra falar mal. Pra quem não sabe, o Robert é a J.K Rowling, autora da série Harry Potter, que quis ver se conseguiria publicar alguma coisa sem usar a fama que conseguiu com o Harry Potter (acho que ela não deve ter ficado muito contente com Morte Súbita e deve ter achado que o pessoal só foi legal porque ela é... Ela). E olha: PARABÉNS, J.K! CONSEGUIU. CONSEGUIU MUITO. CONSEGUIU BEM. CONSEGUIU PRA CARAMBA.
Comprei os dois livros pra me dar de presente de Natal e fiz o maior esforço do mundo pra não ler todos antes do Ano Novo. E não li! Orgulhinho!
Mas quando peguei pra ler... Li os dois de uma vez, em menos de quatro dias.
Olha, eu nem quero falar muito, mas espero que minha empolgação seja suficiente pra vocês decidirem ler. Porque é JK escrevendo coisas de "adulto", gente. Não há amor maior que esse. Leiam. E eu DUVIDO que vocês acertem quem é o assassino. 



CURTI

Cormoran e Robin. Sério. Não tem COMO não gostar desses dois! São as melhores personagens do livro e eu já shippo ENLOUQUECIDAMENTE (desculpa, JK, talvez eu sempre vá ver seus livros como o Universo Expandido do Harry Potter - o que não é de todo ruim).
Gostei também de como eu consegui imaginar a Lula, d'O Chamado, como a Suki Waterhouse (mesmo não tendo MUUUUUUUUUUITO a ver).
E olha, quis dar um abraço na JK no final do "Bicho de Seda". Um abraço bem apertado, porque eu não consegui pensar que era quem era.

NÃO CURTI

JK, meu bem, eu te amo e vou gritar pra todo mundo ouvir mas você poderia deixar as coisas menos corridas nos capítulos finais, né? Tem várias coisas que você poderia ter feito ANTES pra gente não tropeçar em coisas no final. Mas eu te perdoo. Os livros não ficam menos bons porque você deixa tudo pra última hora, já que se a gente voltar pra ver... AS COISAS FAZEM SENTIDO e talvez a gente não tenha percebido antes porque... Bem... Porque somos meio lerdinhos. Desculpa.


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Quase uma Rockstar


No geral: ★ 


Desde que o namorado da mãe as expulsou de casa, Amber Appleton, a mãe e o leal vira-lata da menina moram em um ônibus escolar. Aos dezessete anos e no ensino médio, Amber se autoproclama Princesa da Esperança e é dona de um otimismo incansável. Mas quando uma terrível tragédia faz seu mundo desabar por completo, ela não consegue mais encarar as coisas da mesma forma. Será que no meio de tanta tristeza e sofrimento Amber vai recuperar a fé na vida?

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Matthew Quick me deu "Perdão Leonard Peacock" e "O Lado bom da vida", dois livros que eu li na minha fase de ler livros tristes e ser apaixonada pelo Bradley Cooper e que eu curti pra caramba. São livros com temas meio PESADOS (o Pat, d'O Lado, teve um surto e vivia em negação sobre o relacionamento com a ex esposa e a vida em geral. O Leonard é um adolescente cheio de problemas que está disposto a se matar) e não tem um final feliz CLÁSSICO, daqueles que a gente sabe que termina tudo bem. É mais um "torcer pra que tudo tenha dado certo" no final dos dois livros, mas eu curto, sabe? Eu gosto porque parece que é tipo a vida mesmo. A gente não tem como saber se tudo vai dar certo. Nem sempre tudo dá certo. Paciência. Vamos lidar com isso.
E é por isso que eu gosto do Quick e fiquei feliz pra caramba quando cheguei na livraria e vi que tinha um livro "novo" dele.
Mas... Vamos conversar sobre "Quase uma rockstar".
Olha.... Eu gostei do livro, mas demorou um pouquinho, viu? Exigiu persistência. Os primeiros capítulos não me fizeram gostar da protagonista e eu só persisti porque os amigos dela, o mundo em que ela vive, eram muito interessante.
Juro que foi uma decisão acertada: A história decolou depois da tragédia (não vou contar qual é) e todas as personagens foram maravilhosas e fizeram a Amber finalmente se tornar alguém que eu consegui curtir e o final... Não vou negar que eu fiquei emocionadinha.
Leiam o livro. Não desistam no começo. Ele embala e, quando termina, você fica tipo o Vader gritando "NOOOOOOOOOOOOOOOOOO".
E surpreendentemente o Matthew Quick deu dicas de que, dessa vez, o final foi bacana (na medida do possível, né?). Leiam.

CURTI: O grupinho de amigos dela. O padre. As aulas. A advogada fodelona. O jeito como ela conseguiu dinheiro (spoiler leve, juro). O FINAL. 
NÃO CURTI: Os primeiros capítulos do livro, com a Amber parecendo uma adolescente que age feito criança prodígio meio irritante, demoraram pra me cativar. O desfecho da "terrível tragédia". O cachorro (mas a culpa talvez não seja dele, o cachorro parece legal, eu gosto de cachorros... MAS O JEITO QUE A AMBER FALA DELE MIRRITOOOU).

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No geral: 

Não é preciso ser nenhum gênio para perceber que a vida de Drew Silver é uma sequência de decisões equivocadas. Faz quase uma década que sua banda de rock emplacou uma música, filha única de mãe solteira. Desde então, a banda se separou, sua mulher o largou e Silver tem assistido a vida passar, tocando em casamentos – quando aparece algum – e descontando os cheques cada vez menos frequentes que recebe pelos direitos autorais de seu único sucesso. Silver então descobre que a ex-mulher está prestes a se casar de novo e que a filha adolescente, Casey, está grávida. Para completar, depois de sofrer um derrame que o deixa incapaz de controlar a língua e guardar para si o que pensa, ele precisa de uma cirurgia no coração. Diante desse cenário, o músico fracassado depara com a pergunta decisiva: será que vale a pena salvar uma vida tão mal vivida? Assim, sob o olhar exasperado da família, ele toma a decisão radical de se recusar a fazer a cirurgia e dedicar o pouco tempo que lhe resta a tentar consertar o relacionamento com Casey e aproveitar a vida – mesmo que ela não dure muito. Com diálogos rápidos, irônicos e sagazes, Jonathan Tropper confirma sua habilidade em retratar com humor e perspicácia o lado oculto da família moderna.


~.~.~

O primeiro livro que eu li do Tropper foi "Sete dias sem fim", e eu só li porque vi um comentário dizendo que ele escrevia de um jeito parecido com o Nick Hornby (meu escritor predileto). Depois eu li TODOS os que estão traduzidos porque o cara é bom. Ele escreve sobre pessoas que poderiam ter saído dos livros do Nick, mas com outro enfoque. Os dois falam sobre adultos que se recusam a agir como tal, mas o enfoque do Tropper é mais... tragicômico? Será essa a palavra? Não sei. A temática é a mesma, mas a ABORDAGEM é diferente.
Os livros do Nick são focados nas personagens, você percebe obviamente que o livro é sobre A PESSOA e os coadjuvantes tem pouco espaço. Já nos do Tropper sempre existe alguma ligação familiar (as famílias que Tropper escreve são sempre judias, grandes, complicadas) ou de amizade bem forte. Você tem um protagonista, mas os secundários também te conquistam e você acaba gostando de TODO MUNDO no livro.
De certa forma tenho gostado mais do Tropper que do Hornby, mas deixa pra lá que ainda não quero falar disso ainda. É difícil esse processo de trocar de autor predileto. hahaha
Mas falando de "Antes de passar...": Eu descobri esse livro num dia em que meu date se atrasou e eu acabei gastando um tempo na livraria antes de encontrá-lo. Tava numa estante de lançamentos e eu não vou negar que talvez tenha dado uns pulinhos e uns gritinhos e falado "aaah! aaaah! que máximo! eu queroooo!" e ido pra fila, e lido umas 20 páginas antes do moço chegar e ficado um pouco #xati quando tive que ir encontrá-lo e parei de ler (brinks, moço!).
O livro é ótimo. Mesmo. A sinopse já entrega mais ou menos o que vai acontecer, mas o jeito que o Tropper escreve é sensacional e você acaba curtindo tudo e dando várias risadas ao longo do livro. O Drew é o cara errado (meio bunda mole, não vou negar) mais bacana do mundo e eu tenho a impressão de que todos os protagonistas masculinos do Tropper tem, pra mim, a cara do Jason Bateman (o que é ainda mais legal já que e AMO o Jason Bateman).

CURTI: A família do Drew, destaque especial para o pai e para a filha.
NÃO CURTI: Sabe o que eu disse sobre os finais do Quick serem abertos, pra gente IMAGINAR o que aconteceu? Os do Tropper não são assim. Exceto por esse livro. Não achei ruim, de verdade. Mas CARA... Eu gostaria demais de ter um final definitivo pra esse livro. Mesmo. E não gostei também do "romance" do livro, o "jeitinho" que deram pra enfiar um romance no livro. Não precisava, Tropper. A história tava boa do jeito que tava já.


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Essas resenhas  fazem parte de uma série de 24 que farei ao longo do ano para o "Desafio Literário do Era Cilada & Ju sem Filtro". Já falei dele aqui e você poderá ler as demais resenhas aqui.

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