E então quero olhar você e depois ir embora sem dizer o porquê

Essa é uma história de uma garota nova que sem nada na cabeça, quanto mais nessa cachola sobre um menino da minha faculdade - Ou, pra ser mais exata, é a história de como eu ajo feito uma adolescente de 15 anos perto de um menino da minha faculdade.

Dá um play aqui pra entrar no clima da minha adolescência.


Pra quem não sabe (praticamente todo mundo) eu estudo e trabalho no mesmo lugar, em c e r t a s u n i v e r s i d a d e s  de São Paulo que costuma ser considerada a melhor do Brasil em c e r t o s r a n k i n g s, o que significa, em termos práticos, que eu passo 4 dias por semana, das 7h as 23h, no mesmo lugar e não exatamente fazendo as mesmas coisas. O que significa que, nos últimos anos, se eu me envolvo romanticamente com alguém é muito provável que esse alguém esteja de algum modo ligado a este lugar.

Pois bem. Tem esse cara que eu conheci no primeiro ano da segunda graduação, um 9inho maravilhoso também na segunda graduação, que eu sempre achei lindo, mas deixei em segundo plano porque sim. Esse cara é lindo (e eu me sinto enfeitiçadaaaaaa), mas é totalmente fora do meu estilo de caras: Ele tem barba, cabelão (cachinhos, gente, é a coisa mais linda do mundo ♥),  usa camisa social de manga curta com os primeiros botões abertos mostrando o peito, é corintiano e provavelmetne seria usado como algum meme pra representar os cursos de humanas caso alguém se desse ao trabalho de olhar as fotos do perfil dele (tão 420 que ATÉ A FOTO DO PERFIL TEM UMA ~NUVENZINHA~, TE JURO!!)...

 Totalmente fora da curva no que diz respeito aos caras que fazem meu coração pular uma batida e, mesmo assim, de uns tempos pra cá, toda vez que encontro com o moço, é exatamente isso o que acontece. Eu fico vermelha, sem ar e cometo as maiores babaquices do mundo. Tipo isso:

Semana passada chegando no prédio que estudo achei um grupinho de amigos/conhecidos e vi que o moço tava no meio. Dei oi pra todos de uma vez (porque não sou fã de sair dando beijinho em um por um quando tem vinte pessoas no mesmo lugar, dsclp) e o moço respondeu mais ou menos assim:



E o que eu fiz??? 
Fui na direção do moço, que NEM DE LONGE é o mais íntimo dos que conhecia do grupinho, e... Beijinho no rosto + oi simpático.
SÓ. NELE. Impulsivamente. Beijei, dei aquela encostadinha básica e reparei que tava todo mundo olhando pra mim com cara de "oi???".
Eu só poderia me livrar disso fazendo o Chandler, mas óbvio que eu REALMENTE não tava no clima de dar beijinho e abracinho em vinte pessoas sendo que umas dez eram apenas conhecidos de vista. O que eu fiz??
Mandei um "gente, 'cês tem o *NOME DO MOÇO* no Facebook? 'Cês já viram que maravilhoso ele é? Eu acho que ele é maravilhoso, por isso cumprimentei assim. Mas a maioria de vocês eu nem tenho nas redes sociais, então 'cês não merecem abraço..."
Esquisito, né? Estranho, né? Porém OK já que eu geralmente elogio pessoas aleatórias por coisas simples, então ok. 
A vida ia seguindo, dava quase pra sentir a normalidade voltando ao ambiente maaaaaaaaas...
Um dos meus (a partir daquele momento ex-) amigos do grupinho mandou um "Eu tenho você em todas as redes sociais, cadê meu abraço?", o que despertou meu lado "falo sem pensar e só depois lido com as consequências", me fazendo dizer "Não quero te abraçar".
Olha tudo o que ficou subentendido nesse simples "Não quero te abraçar".

15 anos. COMPLETAMENTE. As ações e a reação porque, ÓBVIO que depois disso eu falei que tinha que pegar umas xerox pra aula (hahaha... Eu nunca nem entrei no prédio da xerox porque todos os textos ficam no tablet... Que ridícula eu sou).

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