Eu tô tentando não cair no buraco

Pra mim nada conta antes de 2010 já que eu era novinha demais pra me ligar nas coisas e 'tava num relacionamento muito bom com o cara mais maravilhoso com quem eu já tive o prazer de conviver. As coisas só começaram a "dar errado"* quando esse relacionamento acabou e aí eu percebi que ia ter que aprender com 20 anos essa coisa de flertar, não ser correspondida, levar foras e essas paradas todas. Não foi legal. Por mim eu continuava na ignorância, mas fazer o quê além de fazer?

Eu passei 2011 e 2012 inteiros (e um pedacinho de 2013) apaixonadinha por uma pessoa que gostava de mim tanto quanto gostava de, sei lá, pisar num chiclete usando um daqueles tênis com o solado cheio de vincos. Gostei mesmo, de chorar, de escrever textinho choroso e meloso e de fantasiar cada gesto que a pessoa fazia como um ato indeclarado de amor. Foi uma fase bem babaca da minha vida (e que, ironicamente, só acabou quando eu saí PRA VALER com um carinha mega legal que, no fim, se mostrou um grande babaca. O que faz com que eu, apesar de todo o desprezo que sinto por ele, aina seja grata por ter me livrado de um "relacionamento" todo errado. Pode isso? Meu Deus, eu nunca vou ter alta da terapia se continuar nessa de não admitir ter raiva REAL E PURA de alguém).

Aí, em 2014, veio esse moço que chegou e aconteceu, fez eu ter os melhores meses de janeiro e fevereiro da minha história recente e... Foi embora. Não morreu, mas saiu de um "departamento" da minha vida pra ir pra outro (no caso, saiu da parte dos relacionamentos românticos pra ir pra parte... Sei lá qual parte, até hoje eu acho que ele tá meio como aquele funcionário público que, por N razões, não se encaixa em nenhum departamento e ninguém sabe exatamente o que fazer com ele porque ele não pode ser mandado embora...). E aí mais choro, mais lamentação, mais culpa por um negócio que (hoje eu sei) não é culpa minha nem se eu forçar MUITO, mas MUITO, mas MUITO MESMO a barra. E esse moço, minha gente... Esse moço é incrível. Ele é o cara do post sobre deixar o lado bom aparecer (e muitos outros, mas ele lê esse blog então MELHOR DEIXAR PRA LÁ), o cara que meio que me fez perceber que não adianta guardar mágoa porque as coisas são efêmeras, a mágoa faz mais mal pra mim blábláblá (meio porque NÃO FOI ELE, mas A SITUAÇÃO... Embora ele tenha uma visão budista de todas as minhas confusões e  ele me faz um bem danado toda vez que eu chego num humor extremo e ele começa a falar. É tipo tocar música pro Canino conversar com ele) - Olha, eu tenho que escrever um post só sobre esse moço qualquer dia. Só digo isso.


A questão é: Eu não tenho tido muita sorte no amor ultimamente (e eu sou Palmeirense, a sorte no jogo QUE ERA PRA VIR até agora não deu as caras. PUTA MUNDO INJUSTO, MEU!). Várias cagadas, a maioria inesperada, a maioria fora do meu controle, a maioria coisas que, depois que passam, me fazem rir (de nervoso? talvez. nunca saberão pois não direi como diferenciar). E mesmo assim eu tenho dois orgulhinhos de bosta: NUNCA perdi sono, nem apetite, por paixonite. NUNCAAAA. Dormir e comer são duas das quatro perninhas do banquinho da felicidade da minha vida e nenhum cara conseguiu deixar o banquinho capenga. NUNCA.  CHUPA, SEUS TROUXA.

Dito isso eu só queria dizer que, por motivos diversos, tem quase um mês que eu não consigo dormir direito e uma semana que toda comida que coloco na boca não me deixa tão feliz quanto deveria. Tô ligeiramente preocupada. Não quero quebrar essa tradição maravilhosa de não perder fome e sono por causa dos moços que já me fazem perder tempo.




SOCORRO.


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* muitas aspas nesse "dar errado". MUITAS. As coisas deram certo, na maioria dos casos, por um bom tempo. O que acontece, e hoje eu tenho muita noção disso, é que NADA dá certo pra sempre. NADA. As coisas estragam, acabam, mudam, etc. Foram bons relacionamentos. Um final cagado me deixa mais ligada pra não deixar que aconteça de novo, mas não elimina todos os bons momentos que fizeram o negócio durar blábláblá

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