If you wanna make the world a better place take a look at yourself and then make a change

Essa semana eu percebi que ainda sou bem trouxa.
"OOHHHHHH, SÓ AGORA? PORRA, BEATRIZ, A GENTE TÁ CANTANDO ESSA BOLA HÁ TEMPOS, 'CÊ ALÉM DE TROUXA É SURDA, Ô BOCÓ?"
Há.
Não.

Segura o rojão aqui, rapidão.

Em 2016 se completam 10 anos desde a minha formatura no Colegial.
10. Fucking. Anos.
Daí alguém teve a brilhante ideia de fazer um grupo no Facebook reunindo bilhões de pessoas que se formaram ali pela mesma época e me botaram nesse auê.
Gente...
Gente...
Eu nem me formei no colégio, sabe?
Eu saí de lá na 8ª série, fui pra OUTRO colégio, bem mais legal, com gente de quem eu gostei muito mais.
Me deixem fora dessa. Eu não tenho a MENOR curiosidade de saber o que a patricinha escrota que fazia bullying comigo (e pra quem eu fiz um slut-shaming do qual eu me arrependo profundamente) está fazendo atualmente. Eu quase morri de desgosto toda vez que abri o Facebook e vejo os mocinhos por quem eu fui apaixonadinha naquela época compartilhando orgulho hétero e coisas do Bolsonaro (percebam Ivair que eu coloquei essa parte no pretérito porque não há curiosidade pelo passado que resista a uma publicação compartilhando Bolsonazi escrotizando mulher/gay/qualquer coisa que não seja um Bolsonazi igual a ele e esses já foram limados da minha TL há muito, muito tempo.).
Sério.
Não tenho nem curiosidade de me ver NAS FOTOS daquela época. NENHUMA. Mesmo.
Eu tenho certeza que minha (recém) descoberta autoestima não resistiria a meia duzia de fotos com a versão tosquinha que eu era, porque com elas vem as temidas LEMBRANÇAS e: Melhor não. Eu já tenho uma boa cota de traumas recentes pra superar e é melhor não mexer com essas coisas agora.
Melhor não.

Os meus traumas com relação a época do colégio (cabia uma crase ali? Não sei usar crase. Perdão) são MEUS, com relação a coisas que EU fiz, aos outros e a mim mesma. Eu me detestava e isso transbordava em orgulho nerd, orgulho pureza (hahahahahaha, como eu era trouxa) e inveja pura e simples de quem tinha coragem de fazer tudo o que eu queria e não fazia porque eu era - isso mesmo - trouxa.
E isso, somado ao fato de que meus colegas daquela época que eu sacaneava por serem burros e biscates (meninos e meninas) cresceram e se tornaram homofóbicos, escrotos, puritanos (ou seja: Continuam burros e viraram hipócritas) só alimentam a parte minha que lembra das coisas que eu disse/pensei sobre eles e manda um "BEM FEITO, FEZ BEM, Ó O LIXO QUE VIRARAM".

Não tenho mais inveja de nenhum, apesar de grande parte deles estar melhor financeiramente que eu, casados, com filhos, postagens felizes no Facebook. Nenhuma mesmo. Tomara que estejam DE VERDADE tão felizes quanto aparentam. Gente infeliz é uma merda.
Mas não acho que nenhum deles possa acrescentar nada à minha vida. Eu sou esnobe a esse ponto, eu sei. Mas eu acho verdadeiramente isso. E não quero me aproximar de gente burra e hipócrita pra testar a veracidade da minha teoria. Eu não sou cientista. Foda-se.

É um combão de medo de não querer reviver uma fase bem lixo da minha vida, onde eu me afogava nos estudos pra suportar a barra que era ir pra escola todos os dias, e orgulho/esnobismo de saber que eu superei essa fase e não há a menor necessidade de trazer gente babaca pra minha vida de novo porque já preenchi esses buracos com NOVOS BABACAS (um beijo pros meus babacas atuais, eu amo vocês porque, com vocês. eu sei lidar :*).

Minhas tretas com o ensino fundamental, como se pode ver, são mais sobre ~*~EUZINHA~*~ do que sobre os meus colegas. Talvez perceber isso seja bom. Não sei. Mesmo. E nem quero pensar nisso. Fiquem aí com uma música do Michael eles não ligam pra nós pra encerrar esse post porque eu sinceramente não sei como fazer isso de outro jeito.




Comentários