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on LOST -Não, quer dizer...
No episódio anterior desse Mini-Romance vocês finalmente
ficaram sabendo como eu conheci o Monge e como eu me apaixonei na primeira
stalkeada, correndo vários riscos pra viver essa paixão e, no fim, levando um
pé na bunda pós Carnaval pelo motivo mais bizarro do mundo. No episódio de hoje
nós saberemos como essa história se desenrolou - Porque É
CLARO que não terminou naquilo.
"Beatriz, eu fui meio babaca com você e sumi esses dias
porque eu não sabia como te dizer o que eu preciso te dizer, mas você é uma
garota muito maravilhosa e merece saber a verdade: A gente não vai mais poder
sair porque eu tô passando por uma fase meio assexuada, tive uma epifania no
retiro espiritual e acho que vou virar Monge"
Depois de dar tela azul e ficar imóvel o suficiente pro cara
não ouvir os caquinhos do meu coração se quebrando (porque É ÓBVIO que eu não
tinha comprado uma só palavra dessa história de virar Monge, né? Monge só
poderia ser um acrônimo pra "Melhor Orgias Noturnas com Garotas
Esportistas", como é que um cara, em pleno século XXI, no meio da sociedade
ocidentalizada que tem sexo em todos os lugares, consegue virar Monge? Era
lorota, só podia), eu virei e mandei um:
"Cara, ainda bem que você deu alguma resposta, porque eu
ia ficar bem chateada se você fosse o tipo de babaca que some sem dizer nada. E
ainda bem que você trouxe meu HD, cara, porque aí tem todas as temporadas de
Felicity que eu demorei um tempão pra baixar por torrent e ainda não copiei pra
DVD"
E aí eu não lembro o que se seguiu, provavelmente foi uma
coisa meio civilizada (porque não dou barraco) e um "a gente se
fala". Eu voltei pro trabalho, ele foi meditar e fazer sei lá o que Monges
budistas fazem (engordar e virar o Buda gordo? Não sei. Até porque agora que descobri que Buda não era gordo as coisas ficaram um pouco confusas aqui).
Passei o resto daquela semana em silêncio, incrédula,
remoendo todas as possibilidades da desculpa mais furada que eu já tinha
recebido na vida e tentando enfiar toda a paixonite o mais fundo na gaveta dos
sentimentos que eu conseguisse. E eu tava indo bem, até o dia em que um dos
meus grandes amigos, me chamou pra sair pra comer e perguntou, casualmente, como
estava o (agora já posso apresentar pelo "nome real", né?) Monge.
E aí eu contei tudo, é claro. E esse amigo teve a única reação possível: Riu até ter
que fazer uns exercícios faciais pra tirar a dor das bochechas e depois me
disse que eu tinha tomado o pior fora da história.
Amizade é uma coisa linda.
O tempo passou, eu sofri calada e até deu pra tirar ele do
pensamento porque eu voltei pro Tinder (inicialmente apenas pra excluir aquela merda, mas depois pensei "por que não?") e aí
decidi voltar pra sacanagem pra casa de massagem porque lá sempre foi meu lugar, por quê não, já que eu
tinha tomado o pior fora do mundo e o cara tinha virado gay? (essa era a teoria
do meu grande amigo)
Tudo tava dando muito certo até dois eventos acontecerem
quase ao mesmo tempo, lá pra maio:
1. O advento do cara que parecia o Paulo Nobre (e o episódio
ridículo em que ele descobriu que eu o achava parecido com o Paulo Nobre, essa história ta aí pra trás em algum dos Mini-Romances);
2. O aniversário da minha mãe.
No mesmo final de semana do aniversário da minha mãe rolou o
lance do Paulo Nobre e eu tava naquele humorzinho gostoso de quem tinha tido um
rolê ruim, mas engraçado, e tinha enchido a barriga de bolo e salgadinho numa
festa. Eu TAVA DAORA™, aí o Monge me chamou pra conversar e sondou sobre o Paulo
Nobre. Eu, que de trouxa tenho só a cara e o comportamento, meio que
desconfiei, mas deixei pra lá porque eu tinha enfiado mesmo os sentimentos lá
no fundo e não ia tirá-los de lá nem com reza brava.
E aí novamente NADA do que eu tinha vivido, NADA do que eu já
tinha lido, visto nas minhas comédias românticas prediletas, NA-DA ia me
preparar para a frase que o Monge mandou no chat:
"Então, é que a minha fase Monge aparentemente está
acabando e eu queria saber se você está solteira e a gente pode tentar alguma
coisa de novo"
Eu dei tela azul de novo, obviamente. E, para meu completo
deleite, eu dei a resposta para a qual o Monge provavelmente também não estava
preparado:
"Ah, beleza. Peraí que vou dar um mijão".
Juro pra vocês.
E essa segunda parte acaba aqui porque o post tá grande, a
vontade tá curta e eu preciso fazer outras coisas. STAY TUNED. Segunda que vem eu (acho) que acabo.
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