Esse poderia ser um da série #MiniRomance, mas não é um mini romance. É um romance inteiro, que acabou, mas ainda está em andamento, e entra naquela parte da minha vida que eu ainda não posso contar por motivos de medo de processinho regras do blog.
Eu só postei porque estava nos rascunhos há MUITO tempo, e eu preciso desovar as coisas dos rascunhos atualizar o blog.
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Tudo começou em 2007. Olhando agora em retrospecto para todas as histórias que eu tive aquele ano é fácil perceber que minha vida social aconteceu praticamente toda no cursinho e que ele foi, de certa forma, meu Colégio Múltipla Escolha, com direito a tramas, rivais e romances.
Eu só postei porque estava nos rascunhos há MUITO tempo, e eu preciso d
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Tudo começou em 2007. Olhando agora em retrospecto para todas as histórias que eu tive aquele ano é fácil perceber que minha vida social aconteceu praticamente toda no cursinho e que ele foi, de certa forma, meu Colégio Múltipla Escolha, com direito a tramas, rivais e romances.
Só não tinha Vagabanda. |
Eu era monitora e aluna nesse cursinho, só que fazia as duas coisas em unidades diferentes. Durante esse ano minha rotina foi basicamente acordar 6h, estudar das 7h até as 13h, mudar de município de busão e depois trabalhar das 14h até as 21h. No domingo, meu dia de folga, eu só queria dormir - e foi principalmente por isso que eu terminei meu namoro (naquela época) de dois anos: Eu não tinha tempo NEM PARA MIM, imagina para um namorado. Eu só queria passar no vestibular para acabar com essa rotina idiota e, sei lá, depois namorar outras pessoas na faculdade (spoiler: Voltei com o mesmo cara ainda em 2007, namoramos até 2010. No tempo em que estivemos separados eu saí com outras pessoas e só terminamos em definitivo anos depois porque ELE me traiu com uma mina da faculdade DELE... rs.). Minha prioridade era puramente sobreviver a 2007 e, se possível, começar 2008 na faculdade.
Tinha um moço lá que estava no mesmo esquema que eu,
só que ele tinha a vida um pouco mais fácil que a minha porque ele: 1. Estudava
E trabalhava na mesma unidade e 2. Namorava outra monitora dessa unidade, então
se viam bastante.
Para mim ele foi em 2007 apenas um
cara muito gente fina que calhava de ser também absurdamente gato - Mas eu realmente
estava focada em passar no vestibular e não ia perder (mais) tempo que o
necessário com moços - PRINCIPALMENTE UM QUE NAMORAVA.
Corta para 2017: 10 anos depois, eu
com a minha longa carreira de relacionamentos fracassados e, desde 2016, com
vários probleminhas da cabeça.
Depois da história do moço do piriri
eu meio que larguei mão da minha vida amorosa (e de tudo, mas deixa para lá rs) e decidi me dedicar a sofrer em
silêncio pelo colapso da minha vida em geral. Nesse meio tempos aí tive um trelelê com dois
lesks, mas nada sério, e fechei todos os Sonic do Megadrive, tudo isso entre
uma crise de ansiedade e um ataque de pânico (Esses último ano e meio foram
beeeem legais em termos de saúde mental, vocês não fazem ideia).
Um belo dia subiu a janelinha do
Messenger com uma mensagem dele (que eu, honestamente, nem lembrava que tinha
no Facebook): “Oi, te segui no Spotify.
Não me ache stalker, é que você tem um gosto musical muito bom” NIQUI eu só
repliquei com um “haha, valeu! (Stalker)”
e morreu o assunto (eu estava bem dodói da cabeça em março, mal tava falando
com meus amigos, imagina se eu ia querer falar com outra pessoa tsc). Daí para
a frente várias curtidinhas e zero iniciativas para papear – E eu nem estava
pensando muito nisso pra ser sincera, até um dia que minha mãe me vendo passar
o feed do Facebook mandou um “OLHA O VICTOR!” e me fez perceber que esse moço é a
versão possível do Victor do Léo.
Daí era um domingo bobão e fui comentar isso com ele só de brincadeira, mas a brincadeira gerou resposta, que levou a outro papo e aí foi – só que eu não tenho o Messenger no celular e demorava um tempão pra responder, então passei o número do meu celular e desde então a gente conversa TODO SANTO DIA o dia todo.
Me achei na situação de procurar um gif de Victor irmão do Léo e não achar nenhum que não pareceça de vinte anos atrás. Que triste. |
Daí era um domingo bobão e fui comentar isso com ele só de brincadeira, mas a brincadeira gerou resposta, que levou a outro papo e aí foi – só que eu não tenho o Messenger no celular e demorava um tempão pra responder, então passei o número do meu celular e desde então a gente conversa TODO SANTO DIA o dia todo.
A minha lembrança dele era de que
ele era um cara legal com todo mundo, então quando ele começou a ser legal PRA
CARAMBA comigo eu meio que assumi que era por ele ser legal e desencanei, né?
Era óbvio que eu ia desencanar, já que eu sabia que ele era legal pra caramba,
né? Qualquer pessoa escaldada de tanto se foder em relacionamentos faria isso, certo?
Pois eu não fiz isso.
Fui crescendo esse trem na minha
cabeça por umas duas semanas: A gente se via de duas a três vezes por semana, passávamos
tardes e noites juntos fazendo absolutamente nada além de ir ao shopping,
conversar e comer. Juntos, a gente comia vários lanchões e várias horas passavem e nem
percebíamos.
E durante quase um mês não rolou nenhum
beijinho ou indício de qualquer coisa além do começo de uma boa e velha amizade.
Eu recebi e mandei vários “Queria ter passado mais tempo com você” e “Hoje foi
incrível”, e mesmo depois de voltarmos pra casa pós rolê continuávamos conversando via
whatsapp até 2h, 3h da madruga boladona... E assim foi crescendo minha dúvida se
ele queria ou não algo comigo – e eu devo confessar que não sabia muito bem se
eu queria ou não alguma coisa com ele. Homem é muita treta.
E tem o fato de que, quando eu gosto
de alguém, eu sou absurdamente covarde. ABSURDAMENTE. Eu não ia querer fazer
nada pra arriscar estragar a amizade legal que a gente estava construindo, principalmente
sem ter certeza se eu estava viajando nas ideias e sem ter certeza de que eu
queria alguma coisa, né? Só que eu estava REALMENTE ficando doida por causa
disso. Eu só pensava nisso, eu só queria resolver isso logo... ‘Tava me dando
uma ansiedade fodida e eu estava com medo de ter outra crise que nem as que tive por causa do trampo. Fui conversar com a
terapeuta e ela me deu o maior apoio pra eu resolver isso de vez –
principalmente deixando claro pra mim que, se eu estava tão ansiosa e aflita
pra saber se ele gostava ou não de mim, era ÓBVIO que eu estava gostando dele.
E aí eu fui corajosa demais, meus
amiguinhos.
E
FUI
RESOLVER.
Numa quinta feira qualquer a gente
ia sair pra um rolê comida+conversa. Foi tudo normal e, na volta, quando chegamos
na frente da minha casa, eu olhei pra ele e perguntei se podia fazer uma
pergunta pessoal. Ele respondeu que sim e eu parei pra formular um jeito de
perguntar de modo claro, coerente e que não parecesse pressão, se estava
rolando alguma coisa entre a gente e – em caso de resposta afirmativa, o que
era.
Não saia nada.
Eu não conseguia PENSAR em nada que
fosse minimamente lógico, e eu fui ficando cada vez mais nervosa até que mandei
um (e isso fui chegando perto dele) “Se
isso for muito estranho a gente só finge que nada aconteceu, ok?” e dei um selinho.
Que ele correspondeu.
AHHHHHHHHHHHHH
Ai me afastei e mandei um “Numa escala de 0 a 10 quão estranho foi
isso pra você?” e ele “NADA
ESTRANHO... Só foi... Inesperado”. E então, meus amigos, eu percebi que
tinha gastado toda a minha coragem e inteligência pra tomar a atitude do beijo
e não tinha pensado em nada além daquilo. Eu juntei o que tinha sobrado dos
meus neurônios, falei “ah, ok. Boa noite,
então” e
SAÍ
DO
CARRO.
:D
Sem dar tempo pra ele falar nada.
:D
('cês imaginam o nível de retardo?)
E aí ele chegou na casa dele e, como
de costume, mandou msg dizendo que tinha chegado bem. Conversamos mais um pouco
como se nada tivesse acontecido e na sexta não nos vimos, no sábado eu fui viajar
e também não nos vimos. Durante esse tempo conversamos normalmente, mas sem
falar de beijo e de qualquer coisa que pudesse ter acontecido naquele carro.
No domingo depois do almoço eu já
tava largada em casa toda chorosa achando que ele tinha achado melhor fingir
que nada aconteceu, juntando energia pra aceitar que era aquilo lá mesmo e
preparando a seleção de músicas de fossa, quando ele me ligou perguntando se eu
queria ir passear no parque com ele.
Topei, claro.
Se era pra fingir normalidade EU IA
SER A RAINHA DA NORMALIDADE.
Tenho atriz no nome, rapá!
Entrei no carro dele tremendo de
medo achando que ia ser climão e, assim que eu entrei, ele me deu UM BAITA
BEIJÃO.
Foi lindo.
E assustador.
A insegura dentro de mim tinha se
preparado psicologicamente pra rejeição e, quando ele foi receptivo e
demonstrou gostar de mim também, eu TREMI TODA e fiquei sem saber como agir. Não
vou negar que até a gente chegar no parque foi um silêncio bem esquisito no
carro.
Mas depois tudo ficou bem. Era como
se a gente tivesse passado esses dez anos conversando.
Eu acho que ali, naquele dia, eu
tive a maior sensação de paz de espírito que eu tive em muito tempo. Não teve ansiedade,
não teve pânico, não teve medo. Só teve nós dois ali embaixo de uma árvore e
conversando sobre qualquer coisa. Foi ótimo.
Mas acabou, né. Sempre acaba.
Comentários
beijos.
SEUS TEXTOS
Amo todos e nunca aceito o final deles. "Tenho atriz no nome" foi ótimo Hahahah