Like ice cream on a sunny day


Acho que são os seus olhos, eu não sei explicar. Quer dizer... Explicar eu sei. Matematicamente. Filosoficamente. Biologicamente. Eu sei explicar o porquê de estar atraída por você. Hormônios, genes, alguma herança dos meus ancestrais que fazem com que eu te considere um parceiro agradável para procriar e diversificar a espécie.

Deus que me livre das explicações biológicas e que tentam ser racionais. Elas não importam porque, quando eu vejo você se aproximando, sei que logo mais eu vou deixar de ser racional e vou começar a me mover apenas por instintos - Bom.... Talvez eu precise agradecer um pouco aos instintos biológicos. Foram eles quem me ensinaram a me mover tanto assim. Talvez você também precise agradecer a eles, hein? Sei não.

 Talvez seja a sua boca. Porque, meu Deus, como eu amo a sua boca. Como eu amo as possibilidades infinitas de atividades que sua boca pode executar. Você fala e eu adoro ouvir. Você come e estou junto para comer também. Você beija e eu sinto como se meu corpo estivesse inteiro derretendo como sorvete num dia de verão. Você sopra e eu sinto meu corpo se arrepiando - mas não é de frio, você sabe. Nosso corpo se arrepia por causa do frio e como resposta a ameaças. Talvez seja isso: Você é um risco que eu gosto de correr. Você morde e eu consigo entender - de um jeito meio deturpado - milhares de anos e instintos que dizem que sentir dor é bom.

Mas então você também usa as mãos. E explora cada parte minha que suas mãos conseguem alcançar. Pescoço, ombros, seios, barriga, quadril, bunda, coxas.... Cada gesto uma reação. O sentido do tato é percebido em todo o corpo, e você abusa desse detalhe de maneira profissional. Enquanto minhas terminações nervosas se esforçam para captar cada estímulo sensorial, eu me esforço para não perder o controle e não morrer de tanta ansiedade.

Você me pega no colo e me leva até a cama. Não é longe e você já fez isso várias vezes, mas a facilidade com que você me carrega nunca deixa de me surpreender: Sou quase nada para você em termos de peso. Meus quase setenta quilos são colocados com suavidade na cama, e eu ainda visto todas as minhas roupas, mas sei que é questão de tempo até você tirar peça por peça - também como se não fossem nada. Eu não ofereço resistência.
A primeira coisa que sai é minha meia calça. Você sobe minha saia - ignorando-a por enquanto - e enrola a meia cuidadosamente, beijando cada pedaço de pele que é revelada no processo. A partir do momento que a meia sai do meu corpo não tem mais importância para você - para mim não tinha desde o momento em que senti o primeiro beijo na altura do meu quadril. Então você se ocupa da blusa. "Levanta os braços" você diz, e eu obedeço porque ainda mal começamos e eu já não consigo oferecer resistência nenhuma. Meus instintos dizem que eu deveria torcer para você não perceber o quanto já me tem sob seu controle, mas eu não obedeço nem aos instintos nesse momento. Você tira minha blusa e se afasta um pouco para me olhar. Ainda tenho o sutiã, ainda tenho a saia, ainda tenho a calcinha por baixo da saia... Mas o seu olhar faz com que eu me sinta desnuda. Você me olha como se estivesse gostando do que vê - e eu gosto dessa expressão. "Vem" eu me atrevo a dizer, e você obedece.

Você usa a boca e as mãos, e eu não vejo seu olhar porque você começa a beijar os meus ombros enquanto abre meu sutiã e meus olhos se fecham quase ao mesmo tempo em que prendo instintivamente a respiração. "Jesus, como você é linda..." você diz quando finalmente solta meu sutiã. E eu sorrio, ainda de olhos fechados, porque acredito no que você diz. E sei - instintivamente, biologicamente - as reações que seu corpo está tendo por me achar bonita assim.

Abro os olhos.

Você ainda veste sua roupa.

Eu não tenho a mesma delicadeza que você. Eu não tenho a mesma paciência que você. Eu não tenho a mesma habilidade que você. De quatro, engatinho na cama e te coloco fora dela, de modo que você fica em pé na minha frente e eu sentada. Você é tão alto, você é tão forte... Você está TÃO VESTIDO que eu quase chego a sentir raiva. Gosto de sentir raiva por coisas que posso mudar - e gosto de mudar as coisas que me dão raiva. Eu me aproximo e começo a tirar sua camisa. Você é tão alto que eu preciso me inclinar, e a visão da minha pose faz você respirar mais fundo, quase imperceptivelmente - mas eu percebo. Sua camisa está no chão antes mesmo de eu conseguir chegar perto o suficiente para te beijar.

E então nossa pele se toca. Peito com peito, uma das suas mãos nas minhas costas enquanto a outra está no meu cabelo, tentando soltar o laço que eu dei. Minhas duas mãos estão no seu cabelo - e é só quando eu estou com as mãos bem enfiadas nele é que eu lembro o quanto eu amo o seu cabelo. Pode ser o seu cabelo também. Com certeza foi a primeira coisa que eu gostei em você. Enfiar minhas mãos nele enquanto eu te beijo, do jeito que eu estava fazendo, foi a primeira ideia que eu tive quando te vi. Talvez tenha sido essa lembrança, ou o fato de que você estava agora beijando o meu pescoço enquanto sua barba roçava na minha pele - mas nessa hora o meu coração começa a bater mais rápido que tudo. Pode ser a sua barba roçando na minha pele também. Eu nunca gostei muito de barba, mas acho que a sua foi feita para ser roçada na minha pele desse jeito, para provocar todos os arrepios possíveis e imagináveis. Eu me arrepio toda. Eficiência total.

Junto o pouco de força que me resta e te afasto um pouco - não muito, mas o suficiente para interromper o beijo e fazer você me olhar curioso. Eu tento não olhar diretamente para você, porque sei que se eu olhar (e for olhada) vou deixar você fazer o que quiser comigo - e eu preciso ter um pouquinho de controle, só o suficiente. Ao invés disso eu passo minhas mãos pelos seus braços, correndo minhas mãos por ele e pelo seu abdômen. Você se acha fora de forma, você quer melhorar o seu corpo e Deus do céu, você não faz ideia do quanto eu te acho perfeito do jeito que está. Ao mesmo tempo em que eu faço uma nota mental para te deixar saber o quanto gosto do seu abdômen, deixo escapar um suspiro. Você nota e ri. Pergunta se eu estou bem. "Tô ÓTIMA" respondo, e volto para a minha missão original: Quero abrir o seu cinto, quero que sua calça saia do seu corpo imediatamente.

Eu não consigo, é claro. É uma mistura de canhotice, nervosismo e pura falta de habilidade. Eu já disse que não tenho a mesma delicadeza que você, nem a mesma paciência, nem a mesma habilidade - Mas tenho o mesmo desejo e a muito mais praticidade. "Tira isso" eu digo, e você obedece. Tira o cinto, abre o botão, tira a calça. Eu só observo, sem me atrever a te olhar nos olhos. Você fica parado, como se esperando meu próximo comando. Penso em mim mesma, ainda de saia e calcinha, e penso em como seria ótimo tirar tudo isso de vez e deixar você fazer o que quiser com o corpo que você parece apreciar tanto quanto eu. Ainda não.
Eu me levanto, fico em pé na sua frente. Você apenas de roupa de baixo, eu usando uma peça de roupa a mais. Tiro minha própria saia e você encara isso como um convite para tirar o que restou da minha lingerie também. Eu te afasto com uma risadinha. Ainda não. Você volta para o seu lugar, de frente para mim, e eu te olho apenas por um segundo, apenas para ver no seu olhar essa mistura de desejo, curiosidade e confusão. Eu sei que você me quer, eu quero você também. Mas ainda não. Me aproximo e coloco minhas mãos no seu quadril enquanto fico nas pontas dos pés para te dar um beijo. Você se abaixa para igualar as alturas e enquanto brinca com meus seios com uma mão, com a outra tenta tirar minha calcinha. Eu deixo e te ajudo, de modo que minha calcinha está no chão antes mesmo do nosso beijo terminar.

Mas eu termino o beijo. E, com as duas mãos, tiro sua cueca também. Você está BEM FELIZ por me ver. A anatomia masculina permite que eu tire essa conclusão só de olhar para você, e essa visão me diverte e me enche de vontade de te mostrar o quanto EU estou excitada por estar ali com você - mas o meu modo de te mostrar seria te derrubando na cama e subindo em cima de você... E ainda não era a hora.

Você tem paciência, mas eu posso perceber que ela também não é tão grande assim pelo jeito que você me olha e pelo jeito como me puxa para perto de você - com delicadeza, mas com urgência - e me puxa para mais um beijo. Suas mãos vão direto para minha bunda, e te ouço dar um gemido de leve. Eu nunca imaginei que você gostaria tanto do meu traseiro, mas bem.... Você gosta. Você se abaixa e eu acho que é para poder apertar melhor essa parte que te chama atenção, mas é para me pegar. Agora com mais força, você me pega e me joga na cama. "Ei!" eu digo num tom de falso protesto, e você só manda um "Demorou..." enquanto abre minhas pernas e enfia o rosto no meio delas.

Com certeza é a sua boca. Porque, Meu Deus, nesse momento, como eu amo a sua boca. Como eu amo o modo como você me beija e explora cada espacinho da área entre minhas coxas. Você beija, você lambe, você chega até mesmo a morder delicadamente e finalmente você percebe, sem eu precisar subir em você, o quanto eu estou excitada. Meu corpo já é todo líquido apenas com a tua boca, mas você também decide usar as mãos. Você é grande, muito maior do que eu, então enquanto uma das suas mãos está segurando um dos meus seios e apertando-o, a outra está no meio das minhas pernas, dois dedos dentro de mim. E eu me contorço de prazer. Uma das minhas mãos no seu cabelo, a outra em cima da mão que agora aperta meu seio com um pouco mais de força, mas eu não sinto dor e - se sinto - não é assim como o meu corpo registra. Solto um gemido, dois, três, sinto vontade de que você tire a boca e os dedos de dentro de mim e me penetre de uma vez. Eu SEI que você já está pronto, eu SEI que você quer, e sei que se você continuar o que está fazendo eu vou terminar antes mesmo de você começar. Te puxo pelo cabelo e digo "Vem cá, vem..." e você tira a boca, mas não os dedos. Seu rosto vem para perto do meu e você me beija, mas usando a mão que anteriormente estava no meu seio segura minhas duas mãos. De uma vez só. Você é bem maior do que eu. "Ainda não" você diz, enquanto enfia mais um dedo dentro de mim com a mão que ainda não havia parado de me explorar. "Go crazy" você diz. E então perco o controle do meu corpo. Minhas pernas tremem, meu corpo fica inteiro dormente e uma sensação parecida com um choque se espalha da minha cabeça aos meus pés. Meu corpo é seu, você pode fazer o que quiser com ele. E você ainda não quer parar.

Mas é uma festa para dois, e eu também quero que você se divirta. Luto contra meus instintos de continuar ali e, suavemente, solto minhas mãos do seu aperto. Acaricio seus cabelos e puxo delicadamente, de modo que você precisa olhar para mim. "Calma..." eu falo, e você percebe alguma coisa na minha voz que te faz parar. Você desliza para cima de mim, e seu corpo encostando no meu dispara outra rodada de arrepios. Você não faz ideia do quanto de controle eu preciso exercer para te segurar e posicionar para eu ficar por cima de você. Suas mãos já estavam nos meus quadris, me empurrando suavemente para que eu pudesse me encaixar em cima de você. Eu te olho novamente e seus olhos, bem como suas mãos e a sensação da sua ereção embaixo de mim quase me fazem desistir. Mas ainda não. Eu te faço sentar na cama, e desço dela. "Vem para a beirada" eu digo. Você vem. Procuro entre as roupas jogadas a presilha para o meu cabelo e, ao fazer isso, preciso me virar de costas para você. Ouço sua respiração profunda novamente e imagino que seja por causa da minha bunda. Dou uma risada porque realmente acho graça do tanto que você gosta dela e, como por mágica, acho a presilha um pouco a frente, no chão. Eu me inclino para pegar, ficando de costas e empinada na sua direção. "Ahh... Que tortura" você diz. E eu subo devagar e prendo o cabelo, ainda de costas.

Quando eu me viro você está sentado e olhando para mim "Vem aqui, vem..." você diz, com a voz meio vacilante, e eu me aproximo o suficiente para ficar na sua zona de contato. Você me puxa e enfia a cara no meu seio - em pé eu sou quase da sua altura sentado, é absurdo o quanto você é mais alto que eu. Você dá uma mordida de leve, depois alguns beijos "Vem aqui..." você me guia pelo quadril para que eu passe as pernas uma de cada lado seu e sente em você. Ainda não. "Calma..." eu digo. E coloco suas mãos na cama, uma de cada lado do seu corpo, para que você se apoie nelas. E me ajoelho na sua frente. Você suspira porque finalmente entende minhas intenções. E elas são as melhores. Você sabe disso.

Eu adoro suas pernas também. Elas são fortes, firmes. Coloco uma mão em cada coxa e olho para você, diretamente nos seus olhos. Você tenta me beijar e eu me afasto um pouco, meio brincalhona. "Calma..." digo. Uma das suas mãos vem até minha cabeça, e eu tiro a mão da sua perna só para recolocar sua mão na lateral do seu corpo. "Calma..." falo de novo apenas pela diversão. Não é muito útil pedir calma a um ansioso, nós dois sabemos disso. Mas você vai precisar de apoio quando eu começar a fazer o que quero fazer. E eu abaixo a cabeça para te beijar. Primeiro nas pernas, depois subindo para o seu quadril e passando propositalmente reto pelo seu pênis, de modo que você não consegue deixar de escapar um pequeno suspiro de impaciência. Eu dou uma risada e continuo a beijar seu quadril e explorar a região com uma das mãos. Você está excitado, e eu quero te dar ainda mais prazer do que você me deu. Passo a língua pelo seu pênis e olho diretamente para você enquanto o coloco na boca. Você deixa soltar um gemido e finalmente faz bom uso das duas mãos apoiadas na cama.

Eu não tenho a mesma delicadeza que você. Eu não tenho a mesma paciência que você. E, pela sua reação, isso é uma coisa boa nesse momento. Eu te olho de novo, e percebo que você está ofegante, com os olhos fechados. Chupo com mais força e você responde dando um gemido que me estimula a continuar. Faço movimento de vai e vem, e consigo te sentir cada vez mais excitado dentro da minha boca. Você põe a mão na minha cabeça para me avisar que você está quase lá, e eu continuo os movimentos até o fim, e percebo que você se divertiu tanto quanto eu. Não paro de te chupar, embora agora o faça numa velocidade mais lenta. "Vem cá..." Você me puxa para cima de você, e agora eu sento, uma perna de cada lado do seu corpo, enquanto você segura minha bunda. Você precisa de um tempo, então eu beijo seu pescoço enquanto você passa as mãos pelo meu corpo. Ficamos nessa, aumentando a velocidade dos beijos, até eu voltar a sentir sua ereção em cima de mim. Não demora muito, e isso é totalmente compreensível porque nós dois estávamos ansiosos e desejando isso. Você aperta minha bunda com as duas mãos, e me levanta para me encaixar em cima de você. Eu não sou quase nada em questão de peso para você. Você usa isso para sua vantagem e eu não ofereço resistência. "Vem..." você diz. E eu vou. Agora sim. Estamos prontos.

Comentários

Tati disse…
(me sentindo importante por reconhecer o texto de outro lugar rsrsrs)